Com o Super-Filho

Com o Super-Filho

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Caixas originais e coloridas





Pintura com tintas acrílicas foscas, interior e exterior, aplicações de guardanapo, cola 3D e tintas de relevo. Efeito craquelado na tampa lateral. Verniz mate no acabamento. Dimensões:


quarta-feira, 18 de julho de 2007

Desabafos


“Eu não vim para ser servido, mas para servir”, disse Jesus.




À imagem de Jesus Cristo, cada pessoa deve colocar a sua vida ao serviço do outro. Quantas vezes, esta postura nos traz dissabores, amarguras e mágoa no coração. Lágrimas furtivas que se escondem porque não seriam entendidas.…os patamares de entendimento não estão todos à mesma altura, nem todos nivelam a percepção do outro com base neste valor.
Continua-se a valorizar a pessoa por aquilo que tem, por aquilo que afirma continuamente que é, em poses ensaiadas, em frases estudadas, em afirmações planeadas de crenças e valores oportunamente adequados e nem sempre (muitas vezes) sentidos.
É a imagem que conta. É a imagem que vale. É, uma vez mais, o parecer e não o ser. Não importa, ninguém quer saber. Importa o que se aparenta. Importa o que se tem. Importa o exterior. Importa o acessório.
Aquilo que se é no íntimo, só no coração de cada um conhece. Só essa pessoa o sabe, quando sabe…quando nos momentos (se existem) de reflexão pessoal, de libertação plena de sentimentos e emoções e do fluir da consciência se faz presente, se é juiz dos actos praticados, das intenções desejadas, das verdades, mentiras e omissões e de sentimentos camuflados.
A grandiosidade de cada um só se pode afirmar na humildade de um coração autêntico, em gestos genuínos de desprendimento.
Mas não gostaríamos de ver reconhecida, um pouco dessa entrega e doação ao outro, tantas vezes de anulação pessoal, para felicidade alheia?
Não desejaríamos, tal como Jesus o deve ter desejado ardentemente, o reconhecimento da mensagem de amor, a retribuição da entrega, a valorização de tesouros intimamente cultivados que ocultamos aos olhos do mundo?
Ah! Pudéssemos falar todos a mesma linguagem, ver todos com os mesmos olhos, sentir todos com o mesmo coração e a felicidade estaria ao alcance da nossa mão.
Imaginemos duas pérolas autênticas e iguais. Qual terá mais valor? A jóia que alardeamos ao mundo, divulgando o seu valor, ostentando a sua posse ou a que singelamente adorna o colo suspensa num fio de um qualquer vulgar metal? Qual despertará mais a atenção? Porventura a que merece mais destaque, a outra passará despercebida, ignorada, ou será julgada jóia de imitação. No entanto, quem as possui sabe o seu justo valor.
Também toda a pessoa é uma jóia. No entanto, umas ostentam-se, outras resguardam-se de olhares avaliadores. Umas sabem o seu valor, outras nem imaginam que o têm, outras ainda fazem passar por autênticas, meras jóias de imitação.
E onde termina a liberdade reflexiva individual e começa a soberba de cada um, quando nos apercebemos destes paradoxos?
Possa eu, alcançar um coração puro, arrancar toda as ervas daninhas e entrarei na “cada de meu Pai”.
Quero ser humilde, pois só os humildes serão exaltados.
Quero receber injúrias e humilhações para conquistar um lugar na eternidade.
Arrancar todos os vestígios de ambição, de vaidade e cultivar sonhos. Quero voltar a ser jardineira de sonhos. Sonhar a dormir, sonhar acordada. Falar de sonhos, dos meus sonhos, de sonhos de Paz. De sonhos de Amor. De sonhos de um Mundo de sonho.
Não quero ter, quero ser. Ser autêntica. Ser cada dia melhor. Limar as minhas arestas e esbater imperfeições.
Queria companhia neste projecto de vida. Queria que uma multidão me acompanhasse. Queria um sorriso e uma palavra de compreensão. Para não vacilar. Para não me julgar e julgando criar soberba em mim.

Como disse S. Francisco:
“Senhor, fazei de mim, um instrumento da Tua Paz.
Onde houver ódio que eu leve o Amor…
Onde houver discórdia que eu leve a união…
….
Pois é dando que se recebe, é perdoando que se é perdoado e é morrendo que se vive para a Vida Eterna”

Que a minha vida seja vivida com um sorriso nos olhos e uma palavra amiga nos lábios. Que o meu coração saiba entender. Que eu saiba escutar. Que eu saiba perdoar. Que eu saiba incentivar e dar coragem, mesmo quando tiver medo. Que eu saiba optar. Que eu caminhe sempre no Bem. Que eu saiba espalhar a Paz. Falar de Paz. Ter gestos de paz. Ser construtora da Paz.

Palavras escritas (em elaboração)

  • Sem Rumo Certo (romance)